Coronavírus e o varejo: os primeiros dados sobre o comércio eletrônico

A crise mundial do COVID-19 acelerou a convergência entre o comércio tradicional e o comércio on-line, um resultado que vínhamos esperando no mundo do varejo. Não necessariamente porque os números e as tendências nos prometiam uma situação que ninguém imaginava. Em época de distanciamento social, não existe alternativa mais segura para os consumidores e para nossos empregados que comprar on-line.

 

O confinamento pela emergência sanitária disparou os números do comércio eletrônico a nível global. A OMC destaca que a nível mundial são vistos picos nas vendas B2B e B2C. Indústrias que estavam nas últimas posições em quantidade de operações on-line, como é o caso de alimentos, bebidas ou artigos de limpeza e higiene escalaram rápido posições no ranking que habitualmente lidera a indústria do turismo, da hotelaria e da tecnologia.

Comportamentos, tendências e alguns números do comércio eletrônico na América Latina e nos EUA

Os Estados Unidos são sem dúvida, um dos países onde as compras on-line são moeda corrente. Antes da declaração da pandemia a eMarketer prevê um aumento nas vendas de comércio eletrônico de 12.8%. As tendências indicam que 38.7% das operações on-line concentraria a Amazon, seguida pela Walmart e eBay cujo share médio é de 5%.

 

Na América Latina, também há um antes e um depois da pandemia em termos de comercio electrónico.

 

A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico indicou que em março os índices de vendas on-line e seu respectivo faturamento cresceu pouco mais de 20%, enquanto que a média de notas fiscais teve uma pequena variação de 0.2%. As categorias que encabeçam a demanda são tecnologia, eletrodomésticos e indumentária.

 

Na Argentina, onde até o ano passado 43% da população tinha realizado pelo menos uma compra on-line, houve um aumento de 30% no faturamento dos supermercados por operações on-line. No caso das farmácias, este índice, segundo informa a CACE (Câmara Argentina de Comércio Eletrônico) alcança 60% e em produtos de tecnologia 50%.

 

Os números do comércio eletrônico no Chile já vinham em ascensão desde a crise social que atravessaram em outubro de 2019, o que, de algum modo, permitiu às empresas chegarem ao cenário atual com mais experiência que qualquer outro país da região. De acordo com o que informa a Câmara de Comércio de Santiago (CCS) as vendas varejistas on-line passaram a representar de 5% do total das vendas a 15%.

 

No México, 5 de cada 10 consumidores compra pela internet. Consultados pela Associação Mexicana de Vendas On-line, isto acontece, principalmente, porque não querem sair de suas casas após a declaração da emergência sanitária e em segundo lugar para evitar aglomerações em lojas físicas. Os resultados das pesquisas realizadas no país destacam, além disso, que as compras são orientadas por comida a domicílio, moda e supermercados.

 

A Colômbia manifestou um aumento de unidades por notas fiscais porém um valor médio menor. As vendas on-line durante a primeira semana de abril cresceram 29% em comparação com a semana anterior, segundo informa a Câmara Colombiana de Comércio Eletrônico. O maior índice de conversão apareceu nas lojas para animais de estimação, farmácia e moda.

O fim justifica os meios

A brecha digital é, para a OMC, um dos obstáculos mais tradicionais em termos de comércio eletrônico. Isso fica em evidência principalmente em países em desenvolvimento, onde enfatizam a necessidade de TICS mais acessíveis e eficientes bem como de uma maior cooperação internacional para facilitar o movimento transfronteiriço de bens e serviços.

 

O futuro, hoje mais que nunca, é incerto. A experiência destes dias em termos de compras on-line será determinante para entender como irão evoluir os negócios digitais. Se aos benefícios de economia de tempo e menor esforço for somada a possibilidade de não se expor ao risco, o comércio eletrônico postula-se como o meio transacional indicado à reativação econômica.

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